Podcast – Episódio 3: A geopolítica e o “Falcão e o Soldado Invernal”

Neste episódio, a conversa será com a convidada Renata Lira, discente em “Gestão de Políticas Públicas” da EACH-USP, e falamos sobre os aspectos geopolíticos e históricos em torno da problemática do “Acordo de Sokovia”, os desdobramentos neste seriado da Disney. Conversamos também sobre o contexto de “indústria cultural” na criação dos heróis da Marvel (“Capitão América” e, por extensão, os próprios “Vingadores”). Além de falar sobre o fascismo abordado por Zemo ao se referir a personagem Karli Morgenthau.

Texto mencionado: ADORNO, T. Indústria Cultural. https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4179826/mod_resource/content/1/IND%C3%9ASTRIA%20CULTURAL%20E%20SOCIEDADE.pdf

Outro texto do mesmo autor sobre o assunto:
http://paginapessoal.utfpr.edu.br/cantarin/literatura-e-m-meios-digitais-ppgel/21-de-marco/A%20industria%20cultural%20-Theodor%20W.%20Adorno.pdf

https://anchor.fm/patricia-andrea-borges6/episodes/Episdio-3—A-geopoltica-e-o-Falco-e-o-Soldado-Invernal-e11bfk5

Mais links do Podcast:

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Podcast – Episódio 2 – Arqueologia, ciências e mídias: de Indiana Jones ao negacionismo científico

Neste episódio convidamos a Profa. Dra. Lidiane Carderaro que falará sobre sua pesquisa “Relações entre música e mitologia na iconografia de vasos gregos: a representação de seres mitológicos com atributos musicais”. Também conversamos sobre cinema e a representação do arqueólogo “Dr. Jones” e como passamos das ciências exaltadas no cinema e na tv, passando pela paleontologia e as ciências exatas do sitcom “The Big Bang Theory” ao negacionismo científico.

Informações sobre a pesquisadora: http://lattes.cnpq.br/7384880728387298

Textos científicos da dra. Lidiane: https://coimbra.academia.edu/LidianeCarderaro

https://anchor.fm/patricia-andrea-borges6/episodes/Episdio-2—Arqueologia–cincias-e-mdias-de-Indiana-Jones-ao-negacionismo-cientfico-e10nbiq

Os meus “quase” 13 porquês…

Estou assistindo à serie 13 Reasons Why e cheguei a conclusão de que todos os pais com filhos adolescentes deveriam ver… É intenso e muito problemático ser adolescente hoje em dia, acredito realmente que o cyberbullying pode matar. É preciso ter muita coragem para enfrentar o que a internet pode causar.

Todos nós sabemos que a adolescência é uma fase muito difícil: queremos ser diferentes, mas não a ponto de sermos bizarros; diferentes mais legais, no máximo exóticos. O suficiente para causar curiosidade, não repulsa. O que os adolescentes mais querem é serem aceitos pelos seus amigos, serem aprovados pelos seus iguais. É o momento que eles mais querem ser sociais. Não adianta dizer para eles não se importarem com o que os outros pensam: eles se importam sim e sofrem demais com a rejeição.

Lá nos anos 1980 também tinha bullying, é fato. Tão cruel quanto atualmente, mas não atingia as mídias sociais… Íamos para casa, chorávamos, escondíamos-nos e depois passava, até mesmo, porque em dado momento os outros esqueciam. Hoje não, hoje a internet persegue os adolescentes que acabam vivendo 24 horas de bullying, todos os dias da semana. Os posts ficam lá e podem ser relembrados a qualquer tempo e a qualquer momento. Isso é muito pesado emocionalmente, muito difícil.

Eu, assim como Hannah Baker, teria sofrido cyberbulling… Eu era gorda,  cheia de espinhas, mas muito inteligente (o que só me salvava na época de provas e trabalhos…). Fui chamada de vadia sim, mas na época a palavra era “galinha” (a mãe de uma amiga de escola da época até falou para minha mãe que não queria que eu andasse com a filha dela… Eu não era “boa companhia”), não porque eu era bonita, não era, mas porque os meninos se aproximavam de mim na época dos trabalhos e provas, eu era inteligente e ajudava bastante… No mais, eu tentava me aproximar das meninas “populares”, mas era bem difícil ser aceita. Sim, já tinham as “meninas populares”… Eram os anos 80! Assistíamos filmes adolescentes dos anos 80! Vivíamos aquela cultura norte-americana que nos chegava diariamente, como diria a Legião Urbana “os enlatados de USA, das nove às seis”. Não foram tempos fáceis, mas hoje é bem pior.

Eu tive o meu Justin Foley, não na mesma proporção, mas tive sim; tal como tive o meu Clay Jensen… E, confesso, sofri muito com o Justin e não soube lidar com o meu Clay Jensen… Maltratei, ignorei até que ele cansou e se foi… Se cada um de nós paramos para pensar, cada um viveu estórias de bullying horríveis (ou não, se você era popular!), só que, na nossa época não tinha a internet para potencializar.

Este post é para os pais… Não abandonem seus filhos adolescentes emocionalmente, não diminua a dor deles, não os esqueça. Para mim, a mensagem que 13 Reasons Why deixa é que devemos prestar atenção a tudo! Cada mudança de atitude, cada tristeza e melancolia. Pergunte ao seu filho como está indo na escola, tente não ser invasivo, mas mostre-se interessado. Não fale o tempo todo que ele não sabe de nada, não fale para sua filha que ela está gorda, que não é vaidosa, que queria que ela fosse diferente; não potencialize em casa o que ela já ouve na escola; não construa fossos no relacionamento de mãe e filha; não faça com que ela não se sinta boa o suficiente para os homens e acabe aceitando qualquer um para não ficar sozinha ou caia em relacionamentos abusivos. Ouça, perceba, leia as atitudes (o corpo fala!). Esteja presente sem ser autoritário, mas sabendo compreender essa fase da vida.

Não pense que só nos Estados Unidos adolescentes se suicidam por causa do cyberbullying, no Brasil também acontece, mas não se é dada a devida atenção. Deixo neste post apenas um caso, o de Dielly, que se suicidou por “não aguentar mais” e que, mesmo depois de morta, continuou recebendo comentários maldosos no Facebook.

O cyberbullying é muito, muito perigoso e geralmente a vítima não conta porque não quer se sentir um fracasso! Fiquem atentos!!!

Observação: Se você é depressivo ou tem tendências à depressão, não assista à série!

13ReasonsWhy